DTM em Crianças - Tratamento e Diagnóstico

Você já imaginou o que acontece com uma criança que sente dor crônica relacionada à articulação temporomandibular (ATM)?

Crianças com Dores Crônicas e DTM

Dores na ATM e na cabeça também afetam crianças

Dores na ATM e na cabeça também afetam crianças

Poucas coisas me deixam mais realizado, em minha profissão, que ver uma pessoa abrir um sorriso de felicidade ao se livrar de dores que haviam lhe tirado o prazer de viver, mas quando é uma criança que se livra dessas dores, a coisa toda se torna simplesmente extraordinária! O brilho nos olhos delas é diferente, aquece o coração! Consigo perceber aquela mente infantil cheia de imaginação se focar no que realmente importa, não mais na dor.

Uma vez, na primeira consulta que esteve comigo, uma criança proferiu uma frase que ficou ecoando em minha cabeça por muito tempo: “A dor vem nos momentos legais e aí eles ficam ruins”.

Com estas palavras, ele se referia aos momentos de lazer que eram prejudicados quando começava a sentir uma dor de cabeça, já bastante significativa em termos de intensidade. Eu ficava me perguntando: “Se a dor o desmotiva nas atividades que ele gosta de fazer, como ficam as tarefas que ele não gosta, mas precisa realizar?”

Problemas na Articulação Temporomandibular em Crianças

Numa fase onde a criança ainda está se desenvolvendo mentalmente e emocionalmente, que impacto isso teria no desenvolvimento de habilidades como determinação, persistência e autoconfiança, se desde cedo se torna habituada a desistir do que está fazendo simplesmente porque a mente está embotada com a dor e não consegue focar no que realmente precisa?

Como pai de duas crianças pequenas, estas perguntas frequentemente rodeiam meus pensamentos. Não quero que haja entraves no desenvolvimento de suas potencialidades!

A criança que proferiu a frase que me levou a escrever hoje sobre tais reflexões é o Apolo Jones, um extraordinário garotinho de 10 anos que tive a satisfação de ver se livrar da dor. Apolo sempre chega no consultório de maneira discreta e bem educada, um pequeno cavalheiro que, em seguida, vem me cumprimentar com um caloroso abraço e um largo sorriso, claramente resultado das maravilhosas pessoas que estão ao seu redor e se alternam em levá-lo ao meu consultório: a mãe, Raffaela Leite e o tio, Cid Pinheiro. Há alguns anos eu tratei seu tio, Cid Pinheiro que tinha uma quadro de dor extrema, apresentava uma perfuração do disco em um dos lados e  significativo deslocamento do outro. Após o tratamento, houve regressão da dor, e também foi possível obter a completa recuperação dos discos articulares. Algum tempo depois, tratei de sua mãe a Raffinha, que participou da Maratona da ATM. Veja o vídeo abaixo e conheça um pouco dessa história!