Quando se fala em patologia da ATM é preciso lembrar que os sintomas muitas vezes vão além da área da boca, mandíbula e dentes, havendo um grande número de pessoas que experimentam sintomas otológicos de uma disfunção temporomandibular (DTM), sendo a plenitude auditiva um dos mais frequentes.

A plenitude auditiva é aquela sensação do ouvido estar “cheio”, com os sons sendo percebidos e maneira abafada. É uma sensação muito similar àquela de quando tapamos o nariz e a boca e  sopramos com força, realizando uma manobra que no meio médico é conhecida como “Vassalva”. O ouvido dilata e os sons ficam abafados em plenitude auditiva.

Entretanto, quando o paciente passa a ter a plenitude sem nenhum razão aparente e o médico otorrinolaringologista não consegue identificar uma causa otológica para o problema, há a possibilidade de, dentre outras possíveis causas, ser um sintoma de uma disfunção da ATM.

Mas por quê isso ocorre?

Quando certos músculos mastigatórios ficam com o funcionamento alterado, uma inflamação pode gerar uma resposta neurológica que altera também os músculos do ouvido e quando isso afeta um músculo, em especial,  chamado  de tensor do véu palatino, a capacidade do aparelho auditivo em equalizar as pressões externas e internas d0 ouvido fica comprometida, gerando a sensação de plenitude.

Legenda: 1) Tuba auditiva; 2) Tensor do véu palatino; 3) Elevador do véu palatino

Em situações assim, é preciso avaliar com muita precisão o que está levando os músculos mastigatórios a se alterar, pois se o mecanismo perdurar o problema não poderá ser corrigido. Portanto, um profissional experiente em investigação patológica da ATM deverá entrar em ação para proceder as manobras de identificação do problema e elaborar um plano de trtamento que tenha chances de realmente controlar o problema.

Fique esperto!